O ASSASSINATO EM MASSA NA UTI DE CURITIBA
Ji - Jornal do Intensivista

"In Memoriam às Vítimas que confiaram suas Vidas nas mãos da Saúde"

Reportagem destaca o Assassinato em Massa ocorrido na UTI de Curitiba e a posição oficial das Associações Médicas que consideram mal interpretadas e diálogos. normais. O Presidente da SOBRATI, associação independente e interdisciplinar defende ampla investigação e ratifica genocídio conforme autoridades.

 

 

MINSTÉRIO PÚBLICO AFIRMA QUE HOUVE ASSASSINATOS

O Médico Sindicante Mário Lobato afirma que houve assassinatos em massa por possíveis interesses financeiros. O Presidente da Associação Médica Intensiva na época, Mário Mario Meira Telles, diz que o caso pode ter sido mal interpretados.

O crime de Curitiba chocou a nação brasileira. A estimativa é que foram mais de 300 mortes de pacientes do SUS - parece os particularrs sobreviviam. A médica que atuava há mais de 20 anos na UTI era supervisionada pelo médico titulado no sistema CFM/AMB/AMIB.  A promotoria, Delegacia, População, Mídia, TODOS concluíram que houvem sim um assassinato em massa, um genocídio ( contra a espécie humana ). Paciente colocaram suas vidas nas mãos de profissionais confiando na ação ética e proteção. O Site MedicinaIntensiva irá acompanhar o desdobramento deste Caso gravíssimo que impera o silêncio e, infelizmente, o corporativismo vencendo a ética, amortizando em nome dos intensivistas brasileiros o Crime ratificado pelo sindicante do Ministério da Saúde e Ministério Público.

" NÃO VEJO NADA DE ANORMAL"  - Cintia Magalhães Carvalho Grion - AMIB REGIONAL

 

RESPONSÁVEL TÉCNICO DA UTI ERA SIM  TITULADO PELA AMIB/AMB - OBRIGATORIEDADE JURÍDICA

ONDE ELE ESTÁ ? QUAL A SUA POSIÇÃO ? POR QUE CALOU-SE ?

A presidente da Sotipa (Sociedade de Terapia Intensiva do Paraná ) --regional da Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), Cintia Magalhães Carvalho Grion, disse que as declarações da médica Virginia Soares, que foi presa e acusada de homicídio qualificado enquanto trabalhava na UTI do Hospital Evangélico de Curitiba, podem ter sido mal interpretadas. Virginia teve telefones grampeados durante a investigação da polícia.

A médica e  professora de medicina intensiva na UEL (Universidade Estadual de Londrina), mestre e doutora na área, com muitas publicações especializadas, disse que "não vê nada de anormal" nas declarações da médica Virginia Soares, sempre ressaltando que é preciso conhecer o contexto em que foram feitas. "Mas pelos depoimentos, me parece que há uma interpretação errada dos atos médicos, mesmo entre pessoas da equipe da médica, e as feitas pelos familiares dos pacientes. Há uma criminalização das falas sem se levar em conta o contexto e como foram feitas", disse Cintia Grion. Fonte: UOL

DECLARAÇÃO DA MÃE - MORTE DO FILHO ANUNCIADA

 

BILHETES MOSTRAM APELOS DE PACIENTES QUE MORRERAM

"EU PRECISO SAIR DAQUI POIS "TENTAR" HOJE ME MATAR DESLIGANDO OS APARELHO TODA A NOITE POR ISSO QUE TENHO QUE "

"ELES QUER ME MATAR TDOS AQUI TAM MORRENDO E SEXTA FEIRA VOCÊ PENSA QUE DELIRANDO.

HOJE ELES JÁ TENTADO DUAS VEZES DISSERAM QUE SOU BICHO DURO DE MORRER"

 

 

ENTREVISTA COM O PRESIDENTE FUNDADOR DA SOBRATI

 SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA

Dr. Douglas Ferrari é Médico Intensivista, profissional da Emergência a quase 30 anos, professor de Terapia Intensiva.

 

O CORPORATIVISMO VENCEU A ÉTICA - Assim começa a entrevista com Presidente da SOBRATI, Doutor Douglas Ferrari, médico a quase 30 anos e que se diz indignado com o Caso Curitiba e que a apuração deve ser rígida e não pode ser esquecida em respeito às vítimas e a classe médica ética brasileira. Finaliza que a lei do silêncio foi imposta e que os intensivistas devem fazer um julgamento e juízo de valores daqueles que falaram em nome dos médicos brasileiros.

Ji - Dr. Ferrari, como o Sr. viu o Caso-Curitiba ?

Com muita gravidade. Uma situação, segundo autoridades de Curitiba, que vinha acontecendo há anos. Acredito sinceramente que os desdobramentos deste Caso devem ser terríveis, pois não são poucas as pessoas que sabiam e compartilhavam com esta imoralidade e Crime.

Ji - Mas não se tratou de Eutanásia, ou seja, um alívio ao paciente ?

Em primeiro lugar a Eutanásia é Crime no Brasil. Mas o que em Curitiba está muito longe de ser eutanásia, a qual somos contra, foi um verdadeiro assassinato em massa, segundo as autoridades da cidade, pois utilizavam um "coquetel da morte", paralisavam pessoas, impediam de respirar, diminuiam oxigênio, as matavam de forma cruel, isto segundo o próprio médico sindicante responsável e que tem acesso aos prontuários.

Ji - Então por que os médicos da Associação Oficial representante do CFM/AMB estão dizendo que são diálogos normais e condutas podem esatr sendo mal interpretadas ?

Não conversei e não os conheço, sou representante de uma associação oficial da saúde intensiva interdisciplinar que não compartilha com corporativismo. Acredito, segundo declarações veiculadas na imprensa, que defendem que não houve o crime, pois declaram que são diálogos normais e pode estar havendo mau interpretação, segundo eles mesmos declaram. Pessoalmente, e como cidadão, tenho que acreditar nas Instituições brasileiras como MP e Polícia Civil, além do Sindicante Médico. O próprio médico diz que está sofrendo pressões. Acredito que não haja interesse para ninguém, digo do corporativismo, que este caso seja efetivamente apurado.

Ji- Quais foram as medidas, sendo o Sr. o presidente da SOBRATI, que foram tomadas?

Encaminhamos pareceres às Instituições oficiais, solicitamos a OAB de Curitiba a abertura processual pública e estamos constantemente provocando o debate. Mas há um processo corporativo CFM/AMB/AMIB que tenta nos desqualificar perante a sociedade brasileira, já que não compartilhamos com a defesa cega do médico e atuamos na preservação da saúde da população como fim do Ato Médico, apoio ao Mais Médicos e posições contrárias a Eutanásia e Aborto. Não vamos deixar o caso ser esquecido.

Ji- Por que os médicos intensivistas das associações coligadas ao sistema não se manifestam?

Este caso é emblemático, mostra que o Corporativismo venceu a Ética. Há a Lei do Silêncio, são muito bem articulados, desqualificam Instituições, pessoas e vão contra Políticas de Estado colocando em risco projetos que a população brasileira aprova. Alegam que tem que aguardar o fim da apuração, mas a própria lei diz que a comprovação dos fatos e seus registros mostram o Crime, buscando os autores, portanto, na minha opinião pessoal, silenciam propositadamente. A classe intensivista já está julgando esses profissionais, pois normal é de esperar uma atitude mais contundente e ratificar de forma efetiva as apurações já conclusivas, pois é a honra da classe intensivista que está em jogo.

Ji- Finalizando, qual a pretensão da SOBRATI neste Caso?

Não esquecer. É uma forma de respeito às vítimas e a classe intensivista brasileira. Vamos acompanhar e registrar todas as etapas. A população e a sociedade intensivista precisa ter conhecimento dos fatos na íntegra. Precisamos saber o que efetivamente ocorreu, quem são os responsáveis e punir com o rigor da lei e da ética quem fez, quem se omitiu, quem apoiou, que se silenciou.

Obs: A jornalista JMC solicitou a sua não identificação em função de receios a sua integridade pessoal.

 

 

 

DIÁLOGOS "NORMAIS" E MAL INTERPRETADOS ...

   

 

 

    

  

 

  "O PACIENTE DE UTI DEIXA A SUA VIDA NA MÃO DA EQUIPE, É TOTALMENTE VULNERÁVEL, PASSIVO, CONFIA QUE A EQUIPE VAI ZELA POR SUA INTEGRIDADE. INTENSIVISTAS SÉRIOS DESTE PAÍS NÃO PODEM ADMITIR ESTE TIPO DE SITUAÇÃO CRIMINOSA, DEVEM EXIGIR TRANSPARÊNCIA. É A HONRA DA TERAPIA INTENSIVA QUE ESTÁ EM JOGO". DR DF