A CLASSE MÉDICA NÃO ESTÁ ACIMA DA LEI

SINDICATO DOS DELEGADOS DE POLÍCIA DO PARANÁ

Em vista das entrevistas difundidas na mídia paranaense pela diretoria do hospital Evangélico e pela comissão da OAB/Pr juntamente com o advogado da médica indiciada por homicídio que teria sido praticado na UTI do referido hospital, o Sindicato dos Delegados de Policia do Paraná (Sidepol) vem a público para esclarecer:

A investigação criminal realizada pela Dra. Paula Brizola foi feita dentro de padrões internacionais, utilizando todos os recursos atuais de intervenção permitidos pelo Estado de Direito, tais como interceptação telefônica, infiltração, oitivas de testemunhas e requisição de documentos. A repercussão ocorrida na mídia foi consequência da gravidade do fato investigado, sendo repassado à imprensa o mínimo de informações necessárias ao entendimento do caso, havendo também curiosamente uma grande participação do próprio advogado da indiciada na propagação "midiática" como citou o advogado do hospital. Em momento algum se pode falar em abuso de autoridade, o que aponta clara tentativa de intimidar a investigação que avança de forma inevitável. O sigilo do inquérito policial foi decretado pelo Judiciário no sentido de resguardar inclusive a própria indiciada, tomando a delegada do caso todos os cuidados para evitar qualquer irregularidade, os atos persecutórios tutelares tais como prisões provisórias, mandados de busca, pedidos de interceptação foram realizados após autorização judicial e anuência do Ministério Público.

Resta considerar que embora a classe medica mereça todo o respeito pelos nobres serviços que presta a sociedade, devemos lembrá-los que não estão acima da lei e por isso sujeitos ao crivo da investigação criminal quando necessário.

JAIRO ESTORILIO
Presidente SIDEPOL