RS decide montar 150 leitos de UTI por gripe A
O governo do Rio
Grande do Sul vai montar 150 leitos de UTI para evitar o
estrangulamento dos hospitais por causa da gripe suína --a chamada gripe A (H1N1).
Os casos confirmados ou suspeitos da doença ocupam 10% dos leitos de UTI no
Estado, de acordo com a Secretaria da Saúde. Até esta terça-feira, o
Estado havia confirmado 19 mortes em decorrência da doença.
"Há um aumento dos atendimentos ambulatoriais e, ao mesmo tempo, das
internações em UTI", diz o secretário de Estado da Saúde, Osmar Terra. "Mas
não aumentou a demanda por leitos comuns nos hospitais", afirma.
Segundo Terra, os casos que exigem internação geralmente evoluem rapidamente
para uma situação com gravidade. Segundo o último balanço, 101 de um total de
392 internados estão em tratamento intensivo.
O Rio Grande do Sul possui 1.117 leitos de UTI para adultos e crianças, mas
de 10% a 15% não têm respirador.
O coordenador da Central de Regulação Hospitalar do Estado, Eduardo Elsade,
diz que cem leitos de UTI receberão respiradores e outros 50 extras serão
montados.
O risco de superlotação dos hospitais preocupa as prefeituras do interior.
Em Caxias do Sul, 70% dos leitos de UTI estão sendo usados por pessoas com
problemas respiratórios. A cidade, que tem 32 leitos, vai ganhar mais 15,
segundo a Secretaria Municipal da Saúde.
A maioria dos casos graves no Estado é formada por pessoas de 20 a 49 anos,
segundo a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Rio Grande do Sul,
Marilina Bercini. Metade possui algum fator de risco, de acordo com ela.
A previsão de secretaria é que nos próximos dias aumente o número de pessoas
infectadas pela nova gripe em Porto Alegre. A região metropolitana da capital
deve receber a maior parte dos investimentos em novas UTIs. (Folha online)