SISTEMA AMERICANO DE MONITORAMENTO SUBSTITUI ESCASSEZ DE INTENSIVISTAS

Ji - Jornal do Intensivista

Nos Estados Unidos há uma escassez cada vez maior de intensivistas.

O aumento da demanda de leitos soma-se ao reduzido número de intensivistas, que são profissionais altamente qualificados, experientes e com formação interdisciplinar clínica e cirúrgica.

O governo americano e a comunidade intensivista local entende que não há condições técnicas de oferecer médico e enfermeiros na proporção de 1:10.

Debruçados em como resolver o problema, as Instituições hospitalares e governamentais implantaram um Sistema Remoto de Avaliação 24 horas.

Como funciona ?  Houve o desenvolvimento de um programa informatizado com inclusão de protocolos baseados em sinais e sintomas clínicos registrados permanentemente em uma Central coordenada por médicos e enfermeiros intensivistas.

 

Exames laboratoriais, imagens, dados do monitor, do ventilador, são enviados a Central que, mediante protocolos, alertam a equipe.

Sabe-se que a presença do intensivista reduz entre 30 a 40% a taxa de óbito das UTIs.

Enquanto 1 médico coordena 10 leitos, o Centro Remoto pode, com um médico e 4 enfermeiros, coordenar 100 pacientes.

 

Hoje são mais de 200 hospitais americanos que se utilizam do sistema. Somente o Sistema da Philips (  VISICU ) coordena 50 Hospitais, atendendo 10% dos leitos americanos de UTI ( 6000 leitos ).

O custo da implantação nos EUA é de 4 milhões de dólares ( por Instituição ) , com dois milhões anuais de manutenção. Todavia há um ganho de qualidade e financeiro, afirma a empresa.

 

De acordo com a Universidade Massachusetts em 6 hospitais, 70% dos pacientes sofreram intervenção da Central e gerou economia de $ 5000 por paciente.

O sistema pode gerar uma lucratividade de 1 milhão de dólares por ano para o Hospital.

Outro fato interessante foi a percepção dos pacientes que participava da discussão clinica e na sua maioria sentia-se verdadeiramente segura, relatando que o médico "online" , altamente especializado,  tinha conhecimento pleno da sua situação clínica.

 

Matéria fornecida pelo www.ibrati.org - Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva

"Primeiro Programa Internacional de Formação de Professores Intensivistas"