ELETROCARDIOGRAMA E ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS

                                                                  Dr Douglas Ferrari

                                                        O ECG traduz muitos estados patológicos na prática clínica. Ao realizar a leitura, assume importância o ritmo e a  frequência, além de outros sinais indicativos da hipertrofia, isquemia, bloqueios e em alterações de distúrbio hidroeletrolítico.

 

                                                        O ritmo sinusal é caracterizado por frequência entre 60 a 100 bat/min, presença de ondas P, complexo QRS e onda T. Contudo, mesmo havendo registro sinusal, não exclui estado patológico, várias alterações de ECG ocorrem independente do ritmo cardíaco.

 

                                                          A frequência cardíaca é registro obrigatório nas Unidades de Terapia Intensiva. Os monitores cardíacos beira-leito ( bedside ), pré-configurados ou não, registram pelo menos uma derivação continuadamente, oferecendo à equipe intensivista traçados momentâneos e correspondente frequência. Quando há traçado não sinusal, caracteriza-se  arritmia cardíaca que, obedecendo o intervalo superior a 100 batimentos/minuto é classificada como taquiarritmia e inferior a 60 batimentos/minuto como bradiarritmias.

I - Taquiarritmias: 

A - ATRIAL ( Supraventriculares ):  Taquicardia Sinusal, Fibrilação Atrial ( FA ), Taquicardia SupraVentricular Paroxística ( TSVP ), Flutter Atrial, Taquicardia Atrial.

B- VENTRICULAR ( Ventriculares ): Taquicardia Ventricular ( TV ), Fibrilação Ventricular ( FV ), Flutter Ventricular.

* lembramos, fora da classificação,  da Taquicardia Sinusal e Extra-sístoles Ventriculas ( ESV ).

 

II- Bradiarritmias: Refletem circunstâncias em que haja diminuição e/ou ausência da atividade do marcapasso cardíaco fisiológico e/ou alteração na condução do feixe de hiss. Podem ser Sinusal ( Bradicardia Sinusal ) e costumam estar associadas a bloqueios ( diminuição na condução ). Portanto as bradicardias não são classificadas como as taquicardias, recebendo classificação dependente da presença ou não de bloqueio e tipo.

 

                                                    As arritmias ventriculares de alta frequência são graves e são não tratadas podem ser mortais. A FV deve imediatamente ser interrrompida, precede a asssitolia, e as Manobras de Reanimação Cárdio Pulmonar devem ser realizadas (  MRCP ) entre elas a desfibrilação imediata. Hipóxia, distúrbio hidroeletrolítico, hipotensão, isquemia miocárdica, intoxicações entre outras causas são fatores que desencadeam arrtmias ( arritmogênicos ).

 

                                                    A isquemia cardíaca oferece traçado típico e em grande parte conclusivo, o que impõe na suspeita de Insuficiência Coronariana ( ICO ) a obrigatoriedade do ECG ! Existem duas alterações típicas de traçado as quais referimos como correntes de lesão: inversão de onda T e elevação do complexo QRS. "Mas nem sempre estes traçados traduzem lesões, todavia quase sempre são lesões".

>   Veja alguns traçados patológicos. <

 

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